Médico da prefeitura desde 1993, Arthur Andrade disse que sempre existiu um “acordo de cavalheiros” entre médicos e município.
Ou seja, para compensar o baixo salário, a administração não exigia o cumprimento das quatro horas diárias nos postinhos.
Ele acha que duas horas são suficientes e que muitas consultas são apenas para troca de receitas.
“Isso leva dois minutos. E escrevendo devagar”, destacou.
Andrade admitiu que hoje há abusos e sugeriu que a lei das duas horas seja exigida com rigor.
“Sei de colegas que ficam 40 minutos no posto de saúde”, revelou.