• Bronca Virtual

    Sobre o aborto
    Caríssima, a senhora me pergunta se eu tenho filhas. Sim, eu tenho duas, 17 e 12 anos, respectivamente. Sinceramente, não posso afirmar com toda a certeza como reagiria. Mas costumo todas as noites pedir a Deus a graça de viver de acordo com seus preceitos. Por isso, penso que reagiria de acordo com a convicção que tenho neste momento: a vida é um direito de todo filho de Deus, inclusive a das duas crianças que já não vivem para este mundo.

    No entanto, a sua inquietação é muito normal, todos nós cristãos costumamos titubear com grande freqüência e eu não sou nenhuma exceção a essa regra. Contudo, observemos o que Cristo nos diz: “Ame a teu próximo como a ti mesmo”. Ora, o padrasto estuprador é o meu próximo. Por isso eu afirmei, ser cristão parece loucura mesmo. Como eu posso amar esta criatura que eu nem consigo chamar de sujeito, menos ainda de filho de Deus? Olhar para nossa atual sociedade é muito triste.

    Vivemos numa sociedade na qual a sensualidade é fortemente explorada por um motivo apenas: a sensualidade aumenta o contingente de mão de obra barata. Quanto mais pessoas disputando um emprego menor o salário oferecido. E se todo tipo de amor é válido, então por que não sentir desejo por uma criança? Aliado a isto se tem a certeza da impunidade. O que falar da violência, não é mesmo? Ela é extremamente necessária, pois e uma grande geradora de empregos e faz circular muito dinheiro no seio da sociedade.

    São policiais, juízes, carcereiros, agentes, advogados, psicólogos, assistentes sociais, todo o pessoal que mantêm a infraestrutura prisional funcionando, entre muitos outros profissionais que eu nem sei e por isso não posso citar. E aí aparecem muitas pessoas querendo investir em mais presídios e não atacam a raiz do problema: uma sociedade injusta que só proporciona vida em abundância para pouquíssimos. Flor

    Aborto e estupro
    Quando minha filha de 13 anos ficou grávida, ao saber, perguntei-lhe calmamente, já dizendo saber do fato. Ela se apavorou como nunca vi. Porém, abracei-a e disse: ‘Fique calma, estou aqui para te apoiar. Pai bom não é aquele que só abraça em momentos de festa, ou para a sociedade ver. Conte comigo’.  Mas era só uma garota de 13 anos e nem mais um mês! Paguei consultas a diversos médicos, fiz leituras específicas e, principalmente, refleti muito.

    Ora, se o organismo feminino permitiu gravidez é porque está apto a conceber, em se tendo os cuidados básicos necessários. Ou nem engravidaria. Tudo correu otimamente e no próximo dia 31 minha neta fará 13 anos, e é uma linda mourãoense, sadia e feliz da vida, não se olvidando as vicissitudes da adolescência atual. Já sobre estupro, só posso opinar, e minha opinião é que estupradores e outros criminosos irrecuperáveis, inclusive autoridades corruptas, sofram a pena de morte - após a necessária legalização. Cadeia atualmente não recupera ninguém, ao contrário.

    Sobre incesto, na maioridade, o tabu continua. Salvo engano, um personagem bíblico (Lot?) após vinhos servidos pelas próprias filhas e com a anuência e provocação delas coisas aconteciam, exatamente isso que você ousou fantasiar ver. Deixei de ser religioso após ser premiado pela reflexão sóbria e isenta de influências, daí escrevi Sepetokismo (vide sites de busca) e não foi por acaso. Melhor ser um valente pacífico a um pusilânime altercador. Saudações soteropolitanas-mourãoenses! favini@oi.com.br
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